terça-feira, 25 de novembro de 2014

Dos programas ruins

Sempre me disseram que minha vida dava uma novela digna de Manoel Carlos. Tinha todos os elementos necessários: mocinhos-bandidos, muitos antagonistas, aquele personagem dúbio que você não sabe de que lado está,   um amor improvável cheio de dificuldades,  brigas de família, desamores, dicotomias, acontecimentos absurdos, traições de amigos, ganância, reconciliações, reviravoltas e até uma incrível e eclética trilha sonora para todos os núcleos e muito, muito drama pra uma grande audiência.
Absolutamente todos os itens. Mas tenho o Woody pra me lembrar de que a vida só imita programas ruins de televisão, apesar de o Manuel Carlos estar muito em baixa ultimamente.

Eu podia morar no Leblon, ao menos estaria derramando prosecco em cima dessa merda toda ouvindo Chico e Caetano. 
Me resta o samba.

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Begin again

And you have broken every single fucking rule
And I have loved you like a fool


just the same

domingo, 16 de novembro de 2014

Apenas mais uma história clichê

Não sei se eu ainda amo você.  Talvez não esse você.
Talvez eu ame aquele cara que deve estar escondido aí em algum lugar. Eu quero acreditar que ele ainda está aí, mesmo a realidade me mostrando que ele não existe mais. Talvez eu ame só aquele cara. Aquele cara cheio de ideias impossíveis.  Aquele cara empolgado, de sorriso largo por trás daquele mau humor fake. Aquele cara que sonhava em ser professor e mudar o mundo. Que gostava de história e filosofia.  Que se apaixonou por uma menina tola, sem grandes ambições,  que queria fazer letras e sabia que não tinha lá condições de mudar o mundo, mas que tinha o único sonho de ler todos os livros do mundo e lutar contra os demônios da própria cabeça e viver de amor com menos dor e mais humor.
Esse cara sumiu pelo mundo. Levou a menina tola consigo.  O mundo de verdade apagou esse cara e deixou a menina tola perdida e sem lugar.  É triste estar num mundo de verdade que apaga esse tipo incrível de cara e que tenha deixado esse cara incrível se transformar nesse você. Apesar disso, incrivelmente, eu ainda sinto a sua falta, por causa daquele cara.
Espero que num mundo imaginário o cara das histórias e filosofias tenha amado pra sempre a menina tola dos livros e das letras e tenha mostrado a ela como mudar o mundo e lutar contra os monstros da sua cabeça. Espero que ela tenha ensinado a ele a manter os sorrisos largos, a leveza, o amor e o humor.  Talvez em alguns  anos eles pudessem entrar num livro e contar sua história pro mundo. Talvez só nesse livro eles pudessem ter um final feliz.

No mundo de verdade, eu queria escrever esse livro. No mundo de verdade eu sei que esse você não iria querer ler. Nesse mundo, na verdade, esse livro seria apenas mais uma história clichê.



quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Untitled

Às vezes é como se você não existisse. Como se nunca tivesse existido. Como se não tivesse uma vida paralela à nossa, em que você acorda sozinho pela manhã, toma seu café, pega o trânsito, faz suas ligações, trabalha, trabalha, trabalha, conversa com pessoas, ri com seus amigos, vive seu dias como se eu não existisse também.
Nesses dias é  fácil. Nesses dias passo pelos mesmos caminhos pelos quais costumamos passar na volta pra casa sem pensar um segundo em você, sem imaginar que vou vê-lo numa dessas caixas com rodas da Avenida falando ao telefone ou ouvindo o programa do Boechat.

Mas nos dias em que você existe é difícil e  dói.

terça-feira, 23 de setembro de 2014

Bilhete a Drummond

mas se de tudo fica um pouco,
por que a sensação de que pra mim não ficou nada?



(nem de mim,
nem de ti,
nem de abelardo.
nem um botão,
nem  um rato?)

quinta-feira, 26 de junho de 2014

Don't wanna be

Chega de encenar eternamente Brigite Jones. Eu sequer tenho Londres a meu favor.




...


Nem o Colin Firth!