Alabastro
Esquecido em um canto. Um pouco sujo. Talhado há muito.
Já esteve aos pés de Alexandria. Lacrou salas de orações.
Serviu água ao chefe egípcio, caiu-lhe das mãos.
Dormes o sono dos ermos à meia-luz de uma história boba.
Transido de pedra fria, de perfumes venturosos e velhos.
Tenho-te aos olhos de minha mente, doce alabastro.
Sonho com o canto em que habitas, inerme e sujo.
Um canto vago em minha alma de alabastro quebrado.
(J. Campelo).
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Suspirou profundamente e arrojou-se - havia uma paixão em seus movimentos que justifica a palavra - ao chão, aos pés do carvalho. Sob toda essa transitoriedade do verão, gostava de sentir debaixo do seu corpo o espinhaço da terra - pois assim se lhe afigurava a dura raiz do carvalho; ou, por sucessão de imagens, o lombo de um grande cavalo que ia cavalgando; ou a coberta de um navio agitado - qualquer coisa, na verdade, contanto que fosse firme, pois sentia necessidade de alguma coisa a que pudesse amarrar seu incerto coração, o coração que dava arrancos no seu peito; o coração que parecia cheio de perfumadas e amorosas brisas, todas as tardes àquela hora, quando saía a passeio. Amarrou-o ao carvalho e, ao descansar ali, o tumulto que sentia, dentro e em redor de si, gradualmente serenou...
Virgínia Woolf. in Orlando
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porque eu nunca te disse que a parte que mais me comoveu no teu poema foi o "para Lilianny", alinhado à esquerda logo abaixo do título, e do cuidado ao escrever os enes do original do meu nome dentre essas várias versões de nomes que você me deu...
pelas verdades fantasiosas dos teus versos e por todas as coisas que não se pode por em verso, sim, tenho razão em sentir saudades.
pelas verdades fantasiosas dos teus versos e por todas as coisas que não se pode por em verso, sim, tenho razão em sentir saudades.
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