Se me perguntassem agora qual é o meu filme preferido, eu diria sem pestanejar: Sexo, amor, traição.
E eu sei que tem um milhão de filmes melhores e preferidos na minha vida. E aquele outro brasileiro que eu vi no Paço é o maior de todos, mas hoje seria esse. Por tudo. Pelo Caco Ciocler, que a amiga não me leia, pela Mallu Mader e pelo Murilo Benício. E porque me lembra uma época muito boa da vida. E porque foi, que eu me lembre, um dos primeiros filmes que eu vi no cinema como uma mulher independente que acabava de entrar na adolescência. Me senti transgredindo alguma coisa que nem sabia o que era. Só importava estar transgredindo algo. Mas lembro que morri de vergonha de várias cenas.
E até hoje eu adoro a cena da Alessandra Negrini, jogada no piano, bêbada, arrasada, cantando "eu marquei demais, tô sabendo". Várias vezes me identifiquei e cantei a porcaria dessa música,fazendo qualquer atividade doméstica ou simplesmente filosofando sobre a inutilidade da vida numa janela de ônibus. Embora achasse que no filme eu era a Mallu Mader, tive em várias etapas desses meus vinte e poucos anos uma vida de Alessandra Negrini com uma amiga como a Heloísa Perissé. Aliás, a cena das amigas assistindo um strip do lindo e gay personagem do Marcelo Antony pra fazer ciúmes nos imbecis do prédio da frente é memorável.
Romances e enredos e memórias infantis à parte, o melhor do filme é, sem dúvidas, a música da Luciana Melo. Ela faz sentido até hoje. Desde o inicial assovio até a última outra cena de cinema acontecer.
http://www.youtube.com/watch?v=V-EIFwYhs0k
Nenhum comentário:
Postar um comentário