terça-feira, 17 de abril de 2012

Vivendo as traduções

Querido C,

queria te explicar o porquê de não ter publicado o último texto da série de traduções que fez pra mim. não sei se percebeu, uma vez que não sabemos mais um do outro, mas fui publicando à medida das vivências e dos acontecimentos que premeditou,  então fiquei esperando o final prometido, que não acontecia nunca. de quando se brotam certezas.
mas você sempre disse que eu demorava bastante até conseguir dar prosseguimento às coisas que eu mesma sabia que de um jeito ou de outro eu iria fazer. só precisava daquele impulsozinho da prima distante segurança ou de um leve golpe de inconsciência ou atrevimento. se bem que nesse caso não sei se dependia de alguma atitude minha, mas sim daquele nosso velho amigo Acaso.
pois bem, enfim publicarei. mas quis primeiro te escrever pra você me dar a benção. sempre precisei do seu "pode ir, Li, vai ficar tudo bem, você vai ver só." é, das nossas coisas, uma das que mais me fazem falta, agora que percorro sozinha esse corredor solitário da vida.
não sei (quer dizer, tenho quase certeza de que não é) se esse acontecimento é exatamente como imaginou, algo certo e concreto com aquele tom inabalável de um final feliz. mas acho que talvez o último texto que você me escreveu não descreva um fim, e sim um começo, estou certa?
se é assim, fico mais tranquila.

Um beijo - com açúcar e com afeto -   e até.
                                                                                                                                                                  L.



"esse é só o começo do fim da nossa vida, deixa chegar o sonho, prepara uma avenida, que a gente vai passar".
(lembra?)

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