quinta-feira, 26 de junho de 2014

Don't wanna be

Chega de encenar eternamente Brigite Jones. Eu sequer tenho Londres a meu favor.




...


Nem o Colin Firth!

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Cumadi Cida

 
"teu lar é no reino divino limpinho cheirando a alecrim".
 
 
 
 
No coração da mãe sempre cabe mais um, no dela cabe o mundo todo, porque ela é mais. Por isso, quando uma vó se vai, fica todo esse mundo desabrigado e o vazio fica maior. Resta a saudade. E o dever de cuidar do coração do vô, que tá apertado e faltando um pedaço.
 
                                    
 
Bença, vó.
 
Um beijo da sua Cumadi Camila.


segunda-feira, 19 de novembro de 2012

This it is and nothing more.

Muito é o  nada nessa vida.
(G.Rosa)

Nada fica de nada. Nada somos.
Um pouco ao sol e ao ar nos atrasamos
Da irrespirável treva que nos pese
Da humilde terra imposta,
Cadáveres adiados que procriam.

Leis feitas, estátuas vistas, odes findas —
Tudo tem cova sua. Se nós, carnes
A que um íntimo sol dá sangue, temos
Poente, por que não elas?
Somos contos contando contos, nada.

(R. Reis)




Nevermore.

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

A moça do sonho


Há de haver algum lugar, um confuso casarão
Onde os sonhos serão reais e
a vida não... 
 
 
Seis linhas de pensamentos soltos. Uma dúzia de certezas enroladas. Tem dias que você acorda meio Blanche DuBois e a realidade não cabe na forma das suas expectativas. 
I don't want realism. I want magic. E o direito de poder começar tudo de novo.
 
 
 
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domingo, 29 de julho de 2012

Literatura comparada

O mal de viver a literatura antes da própria vida: já saber antes do início qual será o meio e o desfecho desse livro.
Shakespeare já cantou a pedra muito antes de nós...








segunda-feira, 11 de junho de 2012

seems like pretending


We loved, we laughed, we cried,
...the story ends
and we're just friends.



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(but not like before)


terça-feira, 5 de junho de 2012

De acostumar

A: você  é um péssimo amigo, sabia?
B: Sou um péssimo muitas coisas.
A: você já me amou mais
B: Ainda amo, só não posso resolver sua vida infelizmente. E vice-versa.
Quem dera né Lili?
A: "não sei por que você  não me alivia a dor". Você  precisa ser menos realista,  a verdade tem doído  tanto ultimamente.
(é, quem dera)
B: Nem dói. Tem que se acostumar, Lili.
A: posso até me acostumar...
mas nem de longe vou ficar mais feliz com isso...


♪Acostumar

quinta-feira, 31 de maio de 2012

One art

“A arte de perder não é nenhum mistério;
Tantas coisas contêm em si o acidente
De perdê-las, que perder não é nada sério.

Perca um pouquinho a cada dia. Aceite, austero,
A chave perdida, a hora gasta bestamente.
A arte de perder não é nenhum mistério.

Depois perca mais rápido, com mais critério:
Lugares, nomes, a escala subseqüente
Da viagem não feita. Nada disso é sério.

Perdi o relógio de mamãe. Ah! E nem quero
Lembrar a perda de três casas excelentes.
A arte de perder não é nenhum mistério.

Perdi duas cidades lindas. E um império
Que era meu, dois rios, e mais um continente.
Tenho saudade deles. Mas não é nada sério.

– Mesmo perder você (a voz, o riso etéreo
que eu amo) não muda nada. Pois é evidente
que a arte de perder não chega a ser mistério
por muito que pareça (Escreve!) muito sério. ”



(Elisabeth Bishop)
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Now I must wave goodbye...

domingo, 27 de maio de 2012

sábado, 26 de maio de 2012

24-25

Dreams burn but in ashes are gold.


O que nós construímos é  maior que a soma de dois.

yearning for a ticket out

domingo, 20 de maio de 2012

Ouch

 - Preciso ver isso. Acho que tem alguma coisa fora de controle dentro de mim.
 - E por acaso alguma vez na vida você teve controle sobre algo dentro de você?
 - É. Você tem um ponto...

sexta-feira, 18 de maio de 2012

quarta-feira, 16 de maio de 2012

No desalinho triste das minhas sensações confusas


Uma tristeza de crepúsculo, feita de cansaços e de renúncias falsas, um tédio de sentir qualquer coisa, uma dor como de um soluço parado ou de uma verdade obtida. Desenrola-se-me na alma desatenta esta paisagem de abdicações — áleas de gestos abandonados, canteiros altos de sonhos nem sequer bem sonhados, inconsequências, como muros de buxo dividindo caminhos vazios, suposições, como velhos tanques sem repuxo vivo, tudo se emaranha e se visualiza pobre no desalinho triste das minhas sensações confusas.
(Livro do Desassossego - Bernardo Soares)

terça-feira, 15 de maio de 2012

Forgive me

E quando a gente se vê de fora e não gosta do que vê? 
Eu tinha pra bater no mundo inteiro, menos em você. 

So please forgive me for when I sing this song.




domingo, 13 de maio de 2012

Due poverelli

sobre músicas, amor e neurolinguística


B: não sei porquê, não sai da minha cabeça. quando cheguei, fui ver a tradução e concluí não só que meu subconsciente fala italiano, como é profunda e irremediavelmente piegas.

A: ho capito che il tuo subconscio è anche un poverello perso in questa noia d'amore...


Musica: Due - Renato Russo

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Da gravidade

A- Deviam inventar um celular anti-impulsos-emotivos. Você leva um choque quando vc discar determinada combinação de números.

B - já existe isso, é um aplicativo. se chama minha mão na tua cara sempre que você tiver essas ideias ridiculas.

A- poxa, quase fiquei feliz.

B- mas você sabendo que o erro é causado pelo app, você iria desligar, porque não se controla.
  • A- (eu ia mesmo... mas deixa eu me iludir). mas tem que dar choque, não completar a ligação não basta.
  • B- aahahha. Tu tem é que tomar vergonha na cara.

  • A- falando nisso, quão grave é você contar suas lamúrias até pra sua prima teenage e perceber que ela tá na mesma situação que você?

    B- Grave. Muito grave.
    Vergonha na cara. Importante pra caralho.

    A- artigo de luxo ultimamente.


quarta-feira, 9 de maio de 2012

This little space in between

"If there's any kind of magic in this world, it must be in the attempt of understanding someone, sharing something. I know, it's almost impossible to succeed, but…who cares, really? The answer must be in the attempt.





Isn't everything we do in life a way to be loved a little more?"


segunda-feira, 7 de maio de 2012

One day

Encerrara as páginas do livro. Um pouco nostálgica. Um pouco triste e abalada pelo que acabara de acontecer. Às vezes sentia que vivia mais naquelas páginas do que em sua própria realidade. "Acho que a realidade é algo superestimado", lera páginas atrás. Ela concordava. De fato, parecia uma frase que ela diria, daí a familiaridade com  a ficção.
Com a vista embaçada após mais de 15 horas ininterruptas de leitura, levantou-se e olhou os livros da estante. Tantas histórias vividas...
Deparou-se enfim com um volume em especial e o abriu. Era uma página dedicada. Já fazia um tempo, pensou.
Podia ter sido escrito por ou para qualquer um. Podia ter lido coisas mais bonitas na vida. Mas aquela letra gauche, aquelas palavras, aquela mancha de tinta definitivamente despertavam-lhe afeição. Concluiu que ainda gostava muito daquelas desencontradas palavras, havia ainda um carinho ali, um inferno.
Pensou em dizer algum dia, de forma descontraída, sobre aquilo tudo, aquela constatação, mas depois percebeu que poderia ser  mal compreendida - não era raro acontecer.

Querendo pôr fim àqueles pensamentos, fehou o livro e o colocou novamente na estante.

Alguns dias eram assim. Emma Morley não sabia o que querer da vida.